Gigantes do entretenimento travam guerra contra a IA: Warner Bros. junta-se ao processo de direitos autorais contra Midjourney

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Várias grandes empresas de entretenimento estão intensificando sua batalha contra a ascensão da inteligência artificial, com a Warner Bros. Discovery se tornando a última a abrir um processo contra o gerador de imagens de IA Midjourney. Isto segue ações semelhantes tomadas no início deste ano pela Disney e pela Universal, sinalizando uma preocupação crescente com a proteção dos direitos autorais na era da IA.

O cerne da disputa: violação de direitos autorais

O processo alega que Midjourney violou as proteções de direitos autorais da Warner Bros. Discovery ao permitir que os usuários gerassem imagens de personagens icônicos como Batman, Scooby Doo e Pernalonga. A empresa argumenta que esta prática é uma “decisão calculada e orientada para o lucro” para oferecer proteção zero aos proprietários de direitos autorais.

Políticas de resposta e mudança do Midjourney

De acordo com o processo, as ações da Midjourney demonstram consciência das questões de direitos autorais. Curiosamente, o processo destaca que Midjourney restringiu brevemente os usuários de animar cenas com personagens protegidos por direitos autorais após lançar um modelo de geração de vídeo. Embora essas restrições tenham sido suspensas posteriormente, a Warner Bros. Discovery vê isso como mais uma prova do conhecimento da empresa sobre violação de direitos autorais. Notavelmente, a Midjourney também atualizou os seus termos de serviço para proibir o “redteaming”, uma medida de segurança frequentemente utilizada por empresas de tecnologia para identificar e mitigar riscos potenciais.

Uma tendência crescente: empresas de entretenimento se unem

Este processo não é um incidente isolado. Em junho, a Disney e a Universal entraram com processos semelhantes contra Midjourney, classificando-o como um “poço sem fundo de plágio” e um caso de “violação de direitos autorais de livros didáticos”. A equipe jurídica da Warner Bros. Discovery está sendo representada pela mesma empresa que cuida dos casos da Disney e da Universal, indicando uma estratégia jurídica coordenada.

Panorama geral: Desafios de direitos autorais na era da IA

O caso sublinha a crescente tensão em torno dos direitos de autor na era da IA. As preocupações centram-se em duas áreas principais: se materiais protegidos por direitos autorais são usados ​​para treinar modelos de IA e se esses modelos podem produzir conteúdo que constitua legalmente uma violação.

A violação de direitos autorais no contexto da IA ​​levanta questões complexas sobre o equilíbrio entre a proteção da propriedade intelectual e a promoção da inovação. As recentes batalhas legais vão além de Midjourney; editores e criadores estão ativamente a prosseguir ações legais contra empresas de IA, revelando a natureza generalizada deste conflito.

Decisões judiciais recentes e incerteza contínua

Embora empresas de IA como a Anthropic e a Meta tenham obtido recentemente vitórias em tribunal, com os juízes a decidirem que os modelos de formação em livros de autores se enquadram na utilização justa, o panorama jurídico permanece incerto. A questão de como a lei de direitos autorais deve ser aplicada ao conteúdo gerado por IA é um dos desafios jurídicos mais prementes do nosso tempo.

Divulgação e Perspectivas Futuras

A controladora da CNET, Ziff Davis, também entrou com uma ação judicial contra a OpenAI, alegando violação de direitos autorais. Para os usuários do Midjourney, é improvável que a batalha legal resulte em interrupções imediatas do serviço, mas o processo marca um passo significativo no debate em andamento sobre direitos autorais e IA.